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Galiza :: 14/02/2005

Juízo contra a liberdade de informacom. Processam colaborador de galizalivre.org "por atentar contra a Guardia Civil"

Radio Kalimera
Mais de dous anos após as grandes mobilizacons contra a maré negra, comecam celebrar-se processos judiciais contra dezenas de cidadáns e cidadás detidas no decurso da protesta popular. A mensagem do Estado é clara: utilizar as pessoas julgadas para punir aquela manifestacom de dignidade nacional e impor a lei do siléncio. galizalivre.org nom foi alheia no seu momento à vaga de mobilizacons do povo galego. De facto, um membro da sua equipa de redaccom, J. P. L., será processado por um suposto delito de "atentado contra as forcas de seguranca" espanholas. O juízo celebrará-se na vila de Ponte Vedra o vindouro dia 22 e nele pede-se umha condena de 2 a 3 anos de prisom para o colaborador de galizalivre.org.

momento da detencom

Os factos a que remete este processo judicial imerso na lógica da repressom selectiva datam de 23 de Dezembro de 2002. Um dos máximos responsáveis políticos do alonjamento do petroleiro a mar aberto, o Ministro de Fomento espanhol Álvarez Cascos, encontrava-se em Silheda inaugurando com Fraga Iribarne o tramo de autoestrada Compostela-Silheda. A presenca do alto funcionário espanhol provocara umha mobilizacom popular de contestacom que foi impedida por agentes antidisturbios da Guardia Civíl. Os efectivos do instituto armado curtaram a carretera impedindo o acesso d@s manifestantes ao lugar onde se celebrava o acto oficial.

Ameacas de violacom e palica

O curte de tránsito provocado polos agentes do instituto armado determinou que muitos cargos públicos do Partido Popular na Galiza tivessem que despracar-se a pe até ao lugar da inauguracom, devendo passar por meio d@s manifestantes e conhecendo de primeira mao a tensom social produzida. A resposta nacional era contestada polo Estado com desinformacom mediática macica e duras intervencons policiais. Em Silheda, os agentes da Guardia Civíl realizavam vários amagos de carga, provocando carreiras, contusons e várias retencons. J. P. L. era detido quando cobria a informacom sobre a mobilizacom para o portal galizalivre.org

Tombado no chao, o colaborador de galizalivre.org recebia várias pancadas e um forte golpe na base da coluna vertebral que lhe provocara durante vários dias moléstias denunciadas no forense, sendo algemado a posteriori. Durante a conducom até o quartel da Guardia Civil de Silheda no carro policial, foi ameacado por parte do agente óscar Martínez Casado, que apresenta a denúncia e participou na agressom, com receber umha palica no monte. Aliás, o mesmo guardia civil espanhol interrogava o detido sobre a sua filiacom política e ameacava-o com introduzir-lhe a sua defesa polo ánus. Horas mais tarde, J. P. L. era posto em liberdade com cargos, devendo apresentar-se nos julgados cada 15 dias. O detido apresentou denúncia contra os agentes do instituto armado.

Concentracom contra a repressom

Com motivo do juízo, o organismo anti-repressivo Ceivar convoca umha concentracom o dia 22 a partir das 10:00 perante os julgados pontevedreses. Considera Ceivar que "estamos perante mais um caso em que os corpos repressivos pretendem ceifar a liberdade de informacom" e enquadra o julgamento na "série de processos que se preparam para os próximos meses para punir a resposta exemplar dada polo povo galego durante a crise do Prestige". Aponta-se do organismo anti-repressivo que "paradoxalmente, quem levantárom a voz f'rom agredid@s detid@s e processad@s enquanto os responsáveis do maior atentado ecológico da nossa história encontram-se ainda em liberdade e incluso f'rom premiados com a chamada Medalha da Galiza".

Para além da mobilizacom convocada, Ceivar manifestou que "esta é mais umha prova de que podemos esperar os galegos e as galegas da Justica espanhola".

 

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