Juízo contra a liberdade de informacom. Processam colaborador de galizalivre.org "por atentar contra a Guardia Civil"
Os factos a que remete este processo judicial imerso na lógica da repressom selectiva datam de 23 de Dezembro de 2002. Um dos máximos responsáveis políticos do alonjamento do petroleiro a mar aberto, o Ministro de Fomento espanhol Álvarez Cascos, encontrava-se em Silheda inaugurando com Fraga Iribarne o tramo de autoestrada Compostela-Silheda. A presenca do alto funcionário espanhol provocara umha mobilizacom popular de contestacom que foi impedida por agentes antidisturbios da Guardia Civíl. Os efectivos do instituto armado curtaram a carretera impedindo o acesso d@s manifestantes ao lugar onde se celebrava o acto oficial.
Ameacas de violacom e palica
O curte de tránsito provocado polos agentes do instituto armado determinou que muitos cargos públicos do Partido Popular na Galiza tivessem que despracar-se a pe até ao lugar da inauguracom, devendo passar por meio d@s manifestantes e conhecendo de primeira mao a tensom social produzida. A resposta nacional era contestada polo Estado com desinformacom mediática macica e duras intervencons policiais. Em Silheda, os agentes da Guardia Civíl realizavam vários amagos de carga, provocando carreiras, contusons e várias retencons. J. P. L. era detido quando cobria a informacom sobre a mobilizacom para o portal galizalivre.org
Tombado no chao, o colaborador de galizalivre.org recebia várias pancadas e um forte golpe na base da coluna vertebral que lhe provocara durante vários dias moléstias denunciadas no forense, sendo algemado a posteriori. Durante a conducom até o quartel da Guardia Civil de Silheda no carro policial, foi ameacado por parte do agente óscar Martínez Casado, que apresenta a denúncia e participou na agressom, com receber umha palica no monte. Aliás, o mesmo guardia civil espanhol interrogava o detido sobre a sua filiacom política e ameacava-o com introduzir-lhe a sua defesa polo ánus. Horas mais tarde, J. P. L. era posto em liberdade com cargos, devendo apresentar-se nos julgados cada 15 dias. O detido apresentou denúncia contra os agentes do instituto armado.
Concentracom contra a repressom
Com motivo do juízo, o organismo anti-repressivo Ceivar convoca umha concentracom o dia 22 a partir das 10:00 perante os julgados pontevedreses. Considera Ceivar que "estamos perante mais um caso em que os corpos repressivos pretendem ceifar a liberdade de informacom" e enquadra o julgamento na "série de processos que se preparam para os próximos meses para punir a resposta exemplar dada polo povo galego durante a crise do Prestige". Aponta-se do organismo anti-repressivo que "paradoxalmente, quem levantárom a voz f'rom agredid@s detid@s e processad@s enquanto os responsáveis do maior atentado ecológico da nossa história encontram-se ainda em liberdade e incluso f'rom premiados com a chamada Medalha da Galiza".
Para além da mobilizacom convocada, Ceivar manifestou que "esta é mais umha prova de que podemos esperar os galegos e as galegas da Justica espanhola".