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Brasil, Brasil :: 06/10/2014

Dilma, o mal menor

Os Editores de odiario.info
A vantagem de 8 pontos obtida sobre Aécio Neves não é suficientemente ampla para garantir a sua reeleição a 26 deste mês

Nota dos Editores

A vitória de Dilma Roussef na primeira volta das eleições presidenciais brasileiras era esperada. Mas a vantagem de 8 pontos obtida sobre Aécio Neves não é suficientemente ampla para garantir a sua reeleição a 26 deste mês.

A campanha eleitoral, inspirada no modelo norte-americano, foi deprimente.

Três semanas foram suficientes para destruir a imagem de Marina Silva que, apos a morte do socialista Eduardo Campos, surgira como favorita.
De candidata da «esperança» que anunciava mudanças drásticas, a pastora da Assembleia de Deus, próspera igreja evangelista, passou rapidamente a demagoga oportunista comprometida com o grande capital.

O eleitorado acabou por lhe infligir uma derrota esmagadora.

A surpresa foi a grande votação obtida por Aécio, um político de direita, ex-governador de Minas Gerais, o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira-PSDB (na realidade um partido neoliberal, fundado e liderado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) .

Dilma venceu em 15 estados; Aécio superou-a em 9, nomeadamente em São Paulo.

Qualquer previsão sobre o choque entre Dilma e Aécio seria no momento especulativa. Marina Silva, a grande derrotada, declarou-se disposta a apoiar Aécio na segunda volta. A soma dos votos da oposição, 57 milhões, é muito superior à dos atribuídos a Dilma, 43 milhões. Mas influentes observadores políticos admitem que a maioria dos 19 milhões de votos obtidos pela pastora evangélica não é transferível para Aécio.

Seria uma ilusão romântica esperar que Dilma altere, se for reeleita, a estratégia do seu primeiro mandato de clara tendência neoliberal que ela tentou disfarçar com um ténue verniz progressista. A sua política económica favoreceu as transnacionais, a banca e as grandes empresas brasileiras. Significativamente, contou com o apoio de Barack Obama e da finança internacional. Mas na segunda volta Aécio é o candidato preferido por Washington e pela grande burguesia brasileira.
Esse apoio não será provavelmente suficiente para lhe abrir as portas da Presidência.

Nas eleições para a Camara dos Deputados, para o Senado e para governadores dos 26 Estados da Federação, os resultados não foram favoráveis ao PT, partido de Dilma Roussef.

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