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Nacionales Galiza :: 15/01/2015

[Gal/Cast] Lenine e a emancipaçom da mulher: umha revisom marxista e feminista

Helena Sabel
Lenin y la emancipación de la mujer: una revisión marxista y femenista

 

Galego

O camarada Lenine falou-me várias vezes sobre a questom feminina, à qual atribuía grande importância, umha vez que o movimento feminino era para ele parte integrante e, em certas ocasions, parte decisiva do movimento de massas. É desnecessário dizer que ele considerava a plena igualdade social da mulher como um princípio indiscutível do comunismo.

Clara Zetkin (1924), Lembranças de Lenine[1]

A opressom de género nom tem um peso determinante na produçom teórica de Lenine, mas, se figermos umha revisom da obra do revolucionário russo, comprovaremos que nom se trata dumha questom por ele obviada. É consciente de como a dominaçom patriarcal fai com que a opressom acrescentada que sofrem as mulheres trabalhadoras provoque que certas problemáticas precisem de ser abordadas a partir da perspetiva de género.

Desde o início da sua atividade revolucionária, Lenine fijo algum que outro esforço por se dirigir especificamente às mulheres trabalhadoras nas suas campanhas agitativas. Porém, a maior parte dos panfletos que repartia nas fábricas de Sam Petersburgo tinham como destinatário os trabalhadores, embora haja algumha exceçom[2].

Na produçom teórica iniciada durante a sua estadia em prisom em 1896-97, Lenine dedica numerosas reflexons às condiçons socioeconómicas das camponesas. Um dos seus objetos de estudo será a sobrecarga de trabalho que suponhem as tarefas relacionadas com os cuidados[3]. Além disso, insiste nos benefícios que suporia para estas mulheres a participaçom direta no processo produtivo em grandes indústrias fabris, pois reduziria a sua alienaçom, tornando-as mais independentes e, portanto, ajudando-as a romperem as cadeias do patriarcado[4].

Posteriormente, também analisará o processo de feminizaçom do setor agrícola nos países do centro capitalista e como esta feminizaçom está relacionada com as pequenas exploraçons, agrícolas, sendo estas, precisamente, as mais pobres. Nas suas reflexons sobre a precarizaçom das condiçons de vida das camponesas e da sua sobreexploraçom, retorna de novo à defesa da necessidade imperiosa de que as mulheres se incorporem ativamente ao tecido produtivo.

Após a vitória da Revoluçom bolchevique, umha das maiores preocupaçons de Lenine é que, ainda que as mulheres e os homens sejam iguais ante a lei devido à reforma legislativa soviética, esta igualdade nom seja real a efeitos práticos. Daí que dedique notáveis esforços em impulsar a implicaçom ativa das mulheres na política e administraçom públicas, fazendo numerosos chamamentos às mulheres (tanto do partido como nom militantes) para que se unissem aos sovietes.[5]

Umha análise muito mais profunda que a que podemos elaborar aqui seria precisa para estudar a conceçom que da família e da sexualidade tinha Lenine. Som poucas as referências diretas que temos dele a este respeito e, as que conservamos, desprestigiam em certa medida os contributos dum revolucionário que tam lúcido foi à hora de analisar outros aspetos da teoria revolucionária.

Por umha parte, temos o Lenine que analisa a família burguesa como a instituiçom que converte a mulher numha escrava. Na sua defesa do divórcio, denuncia a hipocrisia dos estados burgueses que o legalizam por invisibilizar a subjugaçom económica da mulher, que fai do divórcio na sociedade capitalista um trámite antidemocrático e fútil[6].

Também analisa com umha perspetiva de classe a despenalizaçom do aborto e a distribuiçom de propaganda sobre métodos anticoncecionais, diferenciando como a classe trabalhadora reivindica esses direitos em contraposiçom com a defesa covarde de certos setores da pequena-burguesia que desejam controlar a natalidade para que as “criança nom sofram” devido ao pioramento das condiçons de vida[7].

Lenine também denuncia a hipocrisia burguesa no tocante à prostituiçom, definida por este como umha forma de opressom sobre a mulher com umha indissociável condiçom de classe. Critica com dureza as medidas com que a burguesia pretende erradicar a prostituiçom (religiom e opressom policial) ao mesmo tempo que evidencia a falsidade burguesa ao falar de erradicar umha mal que nom só é provocado por ela, mas que o sustenta, beneficiando-se da sua existência.

Por outra parte, temos o Lenine absolutamente oposto ao amor livre. Censura, por exemplo, que umha das principais temáticas que as comunistas alemás tratam nos círculos de debate com as trabalhadoras seja a problemática sexual e o matrimónio. Também considera “perigoso” que seja a sexualidade umha questom chave entre as juventudes do partido (pois “pode facilmente levar a excessos sexuais, sobreestimulaçom da vida sexual e ao desperdício da saúde e vitalidade da gente nova”[8]).

Algumhas das suas discussons que a este respeito tivo com Alexandra Kollontai chegárom-nos através de Clara Zetkin. Zetkin afirma que Lenine criticou o conceito de amor livre defendido pola feminista russa, definindo-o como “completamente antimarxista, e, acima de todo, anti-social” (Zetkin, op. cit.: 7). Outros trechos desta obra desenham a conceçom que Lenine tinha sobre a luita pola emancipaçom sexual, que descreve como umha ideologia que nasce “do desejo de justificar a própria vida sexual anormal ou excessiva do indivíduo ante a moralidade burguesa e reivindicar toleráncia consigo mesmo”[9].

Além de Zetkin e Kollontai, também Inessa Armand foi alvo das suas críticas, como se pode observar pola petiçom que lhe fai, em que lhe solicita que apague um parágrafo dum panfleto em que Armand tratava a luita das mulheres trabalhadoras polo amor livre por ser “umha questom burguesa, nom umha questom proletária”[10].

Embora Lenine criticasse com fereza o modelo de família burguês, chega a apresentar a procriaçom no seio dum casal monogámico como o contexto mais legítimo para a sexualidade. Situa, ainda, a “promiscuidade sexual” como um vício semelhante ao álcool, pois dumha maneira similar afeta a consciência de classe favorecendo a alienaçom.

Nom podemos estudar a presença da mulher na obra de Lenine, sem analisar as influências femininas na vida deste, assim como a atividade política protagonizada polas mulheres da sua época. Evidentemente, nom podemos elaborar aqui essa contextualizaçom, mas sim queremos denunciar, ainda que de maneira superficial, o pouco espaço que às mulheres se outorga nos relatos biográficos de Lenine (veja-se Service, 1995; Volkogonov, 1994). Em muitas biografias, mulheres determinantes na vida do revolucionário ficam completamente ensombrecidas por este e relegadas a meras figuras de encarregadas do trabalho doméstico ou secretárias. Porém, é preciso insistir em que a sua companheira, Nadezhda Krupskaia, e irmás, Anna Elizarova e Maria Ulyanova, eram revolucionárias entregues que desempenhárom um papel fulcral na história da Revoluçom soviética. Nom só fôrom peças chave à hora de manter a organizaçom bolchevique durante os duros anos da emigraçom do Lenine, como também realizárom um labor encomiável na construçom do partido durante 1917, centrado-se particularmente nas mulheres e na juventude trabalhadora. Nom devemos esquecer que muita da bibliografia que manejamos sobre a Revoluçom de 17 se centra em personalidades: em Lenine como o líder, enquanto as perspetivas feministas estám centradas na figura de Alexandra Kollontai. É por isso que, por vezes, se fai necessário recordar que Lenine estivo exilado desde julho até a véspera da Revoluçom de Outubro e que Kollontai estava presa nessa altura. E mais ainda, fai-se necessário reivindicar que as mulheres cumprírom um papel determinante no sucesso da Revoluçom, e que devem deixar de ser vistas como umhas meras iniciadoras dumha revolta essencialmente masculina.

Ter presente toda esta bagagem, este contexto pessoal e sociopolítico, é imprescindível para avaliar as “mais de quarenta ocasions” (aplaude Krupskaia) em que Lenine fai umha mençom explícita à emancipaçom das mulheres (Kruspakaia, 1933: op. cit.).

Para rematar, queremos recordar os factos e nom ficar só com as palavras. Queremos recordar que sob a liderança de Lenine se criou o Genotdel, o primeiro departamento feminino governamental do mundo. Que se aprovou o Código Civil de 1918, polo qual decretava a proteçom do Estado a maes e crianças, tornando gratuitos os cuidados nas maternidades. Legalizou-se o divórcio e fijo-se do casamento um ato civil, no qual as duas partes assumiam os mesmos direitos e deveres. Anulou-se a distinçom entre filh@s legítim@s e ilegítim@s. Aboliu-se a educaçom religiosa e as instituiçons confessionais fôrom convertidas em centros de serviços sociais. Há que recordar também que em 1920, pola primeira vez no mundo, se legalizou o aborto. O trabalho tornou-se obrigatório para homens e mulheres e criou-se umha rede de instituiçons de apoio à mulher, desde infantários, centros de dia, cantinas, lavandarias públicas, cozinhas coletivas, e um longo et cetera.

O proletariado nunca poderá conquistar a plena liberdade até que conquiste a plena liberdade para as mulheres.

Lenine, 1920

[1] http://www.marxists.org/portugues/zetkin/1920/mes/lenin.htm

[2] Concretamente, um panfleto dirigido aos trabalhadores e trabalhadoras da fábrica têxtil Tornton. Também nos consta, segundo relata Krupskaya (1933), a intençom de Lenine de redigir um panfleto durante o seu exílio em 1899 que levaria por título “As mulheres e a causa do proletariado”. Neste panfleto, animaria as mulheres a participarem do movimento revolucionário e defenderia como só a vitória da classe trabalhadora conquistaria a emancipaçom de género (prefácio escrito para a coleçom de artigos de Lenine intitulada Sobre a emancipaçom da mulher de 1934).

[3] Para se referir ao trabalho reprodutivo, Lenine utiliza com freqüência o termo “escravas domésticas” (Lenine, V.I.U.
(1913): “Um grande avanço tecnológico”. Pravda, 91, 1913, 21 de Abril).

[4] Lenine, V. I .U. (1899): O desenvolvimento do capitalismo na Rússia, capítulo VII “O desenvolvimento da grande maquinaria industrial”.

[5] Lenine, V. I. U. (1920): “Às mulheres trabalhadoras”. Pravda, 40, 1920, 22 de fevereiro.

[6] Lenine, V. I. U. (1916): “Caricatura do marxismo e do economicismo imperialista”. Zvezda, 1-2, 1924.

[7] Lenine, V. I. U. (1913): “A classe trabalhadora e o neomaltusianismo”. Pravda, 137, 1913, 16 de junho.

[8] Zetkin, C. (1934): Lenin on the Woman Question, New York: International, p. 5.

[9] Zetkin (op. cit.: 4).

[10] Carta para Inessa Armand, 17 de janeiro de 1915.

 Castellano

LENIN Y LA EMANCIPACIÓN DE LA MUJER: UNA REVISIÓN MARXISTA Y FEMINISTA

Helena Sabel

El camarada Lenin me habló varias veces sobre la cuestión femenina, a la cual atribuía gran importancia, una vez que el movimiento femenino era para él parte integrante y, en ciertas ocasiones, parte decisiva del movimiento de masas. Es innecesario decir que él considera la plena igualdad social de la mujer como un principio indiscutible del comunismo.

Clara Zetkin (1924), Recuerdos de Lenin[1]

La opresión de género no tiene un peso determinante en la producción teórica de Lenin, pero, si hacemos una revisión de la obra del revolucionario ruso, comprobaremos que no se trata de una cuestión por él obviada. Es consciente de cómo la dominación patriarcal hace que la opresión creciente que sufren las mujeres trabajadoras provoque que ciertas problemáticas necesiten de ser abordadas a partir de la perspectiva de género.

Desde el inicio de su actividad revolucionaria. Lenin hizo algún que otro esfuerzo por dirigirse específicamente a las mujeres trabajadoras en sus campañas de agitación. Sin embargo, la mayor parte de los panfletos que repartía en las fábricas de San Petersburgo tenía como destinatario los trabajadores, aunque haya alguna excepción [2].

En la producción teórica iniciada durante su estancia en prisión en 1896-97, Lenin dedica numerosas reflexiones a las condiciones socioeconómicas de las agricultoras. Uno de sus objetos de estudio será la sobrecarga de trabajo que suponen las tareas relacionadas con los cuidados [3].
Además de esto, insiste en los beneficios que supondría para estas mujeres la participación directa en el proceso productivo en grandes industrias fabriles, pues reduciría su alienación, convirtiéndolas en más independientes y, por lo tanto, ayudándolas a romper las cadenas del patriarcado [4].

Posteriormente, también analizará el proceso de feminización del sector agrícola en los países del centro capitalista y como esta feminización está relacionada con las pequeñas explotaciones agrícolas, siendo estas, precisamente, las más pobres. En sus reflexiones sobre la precarización de las condiciones de vida de las agricultoras y de su sobreexplotación regresa de nuevo a la defensa de la necesidad imperiosa de que las mujeres se incorporen activamente al tejido productivo.

Después de la victoria de la Revolución bolchevique, una de las mayores preocupaciones de Lenin es que, aún que las mujeres y hombres sean iguales ante la ley debido a la reforma legislativa soviética, esta igualdad no sea real a efectos prácticos. De ahí que dedique notables esfuerzos en impulsar la implicación activa de las mujeres en la política y administración públicas, haciendo numerosos llamamientos a las mujeres (tanto del partido como no militantes) para que se uniesen a los soviets 5].

Un análisis mucho más profundo que el que podemos elaborar aquí sería necesaria para estudiar la concepción que ofrece de la familia y de la sexualidad tenía Lenin. Son pocas las referencias directas que tenemos de él a este respecto y, las que conservamos, desprestigian en cierta medida cualquier contribución de un revolucionario que tan lúcido fue a la hora de analizar otros aspectos de la teoría revolucionaria.

Por una parte, tenemos al Lenin que analiza la familia burguesa como la institución que convierte a la mujer en una esclava. En su defensa del divorcio, denuncia la hipocresía de los estados burgueses que lo legalizan por invisibilizar la subyugación económica de la mujer que hace del divorcio un trámite antidemocrático y fútil [6].

También analiza con una perspectiva de clase la despenalización del aborto y la distribución de propaganda sobre métodos anticonceptivos, diferenciando como la clase trabajadora reivindica eses derechos en contraposición a la defensa cobarde de ciertos sectores de la pequeña-burguesía que desean controlar la natalidad para las “niñas no sufran” debido al empeoramiento de las condiciones de vida[7].

Lenin también denuncia la hipocresía burguesa en lo tocante a la prostitución definida por éste como una forma de opresión sobre la mujer con una indisociable condición de clase. Critica con dureza las medidas con que la burguesía pretende erradicar la prostitución (religión y opresión policial) al mismo tiempo que evidencia la falsedad burguesa al hablar de la erradicación de un mal que no sólo es provocado por ella, sino que lo sustenta, beneficiándose de su existencia.

Por otra parte, tenemos al Lenin absolutamente opuesto al amor libre. Censura, por ejemplo, que una de las principales temáticas que las comunistas alemanas tratan en los círculos de debate con las trabajadoras sea la problemática sexual y el matrimonio. También considera “peligroso” que sea la sexualidad una cuestión clave entre las juventudes del partido (pues “puede fácilmente llevar a excesos sexuales, sobre-estimulación de la vida sexual y al desperdicio de la salud y vitalidad de la gente joven” [8]).

Algunas de sus discusiones que a este respecto tuvo con Alexandra Kollontai llegaron a nosotras a través de Clara Zetkiin. Afirma que Lenin criticó el concepto de amor libre defendido por la feminista rusa, definiéndolo como “completamente antimarxista, y, además de eso, anti-social” (Zetkin, op.
Cit.:7).
Otros apartados de esta obra diseñan la concepción que Lenin tenía sobre la lucha por la emancipación sexual, que describe como una ideología que nace “del deseo de justificar la propia vida sexual anormal o excesiva del individuo ante la moralidad burguesa y reivindicar tolerancia consigo mismo” [9].

Además de Zetkin y Kollontai, también Inessa Armand fue objetivo de sus críticas, como se puede observar por la petición que le hace, en que le solicita que elimine un párrafo de un panfleto en que Armand trataba la lucha de las mujeres trabajadoras por el amor libre por ser “una cuestión burguesa, no una cuestión proletaria”[10].

A pesar de que Lenin criticase ferozmente el modelo de familia burguesa, llega a presentar la procreación en el seno de un matrimonio monogámico como el contexto más legítimo para la sexualidad. Sitúa, aún, la “promiscuidad sexual” como un vicio semejante al alcohol, pues de una manera similar afecta a la conciencia de clase favoreciendo la alienación.

No podemos estudiar la presencia de la mujer en la obra de Lenin, sin analizar las influencias femeninas en la vida de este, así como la actividad política protagonizada por las mujeres de su época. Evidentemente, no podemos elaborar aquí esa contextualización, pero si queremos denunciar, aún que de manera superficial, el poco espacio que a las mujeres se otorga en los relatos biográficos de Lenin /véase Service, 1995; Volkogonov, 1994). En muchas biografías, mujeres determinantes en la vida del revolucionario quedan completamente ensombrecidas por éste y relegadas a meras figuras encargadas del trabajo doméstico o secretarias. Sin embargo, es necesario insistir en que su compañera, Nadezhda Krupskaia, y hermanas, Anna Elizarova y Maria Ulyanova, eran revolucionarias entregadas que desempeñaron un papel esencial en la historia de la Revolución soviética. No sólo fueron piezas clave a la hora de mantener la organización bolchevique durante los duros años de la emigración de Lenin, como también realizaron una labor encomiable en la construcción del partido durante 1917, centrándose particularmente en las mujeres y en la juventud trabajadora. No debemos olvidar que mucha de la bibliografía que manejamos sobre la Revolución del 17 se centra en personalidades: en Lenin como el líder, mientras que las perspectivas feministas están centradas en la figura de Alexandra Kollontai. Es así que, en ocasiones, resulta necesario recordar que Lenin estuvo exilado desde julio hasta la víspera de la Revolución de Octubre y que Kollontai estaba presa en ese momento. Y más aún, se hace necesario reivindicar que las mujeres cumplieron un papel determinante en el suceso de la Revolución y que deben dejar de ser vistas como unas meras iniciadoras de una revuelta esencialmente masculina.

Tener presente todo este bagaje, este contexto personal y sociopolítico, es imprescindible para evaluar las “más de cuarenta ocasiones” (aplaude Krupskaia) en que Lenin hace una mención explícita a la emancipación de las mujeres (kruspakaia, 1933: op.cit.).

Para finalizar, queremos recordar los hechos y no quedar sólo con las palabras. Queremos recordar que bajo el liderazgo de Lenin se creó el Genotdel, el primer departamento femenino gubernamental del mundo. Que se aprobó el Código Civil de 1918, por el cual decretaba la protección del Estado a las madres e hijas/os, convirtiendo en gratuitos los cuidados en las maternidades. Se legalizó el divorcio y se hizo del matrimonio un acto civil, en el cual las dos partes asumían los mismos derechos y deberes. Se anuló la distinción entre hijas e hijos legítim@s. Se abolió la educación religiosa y las instituciones confesionales fueron convertidas en centros de servicios sociales. Hay que recordar también que en 1920, por primera vez en el mundo, se legalizó el aborto. El trabajo se convirtió en obligatorio para hombres y mujeres y se creó una red de instituciones de apoyo a la mujer desde jardines de infancia, centros de día, cantinas, lavanderías públicas, cocinas colectivas y un largo etcétera.

[1] http://www.marxistas.org/portugues/zetkin/1920/mes//lenin.htm

[2] Concretamente, un panfleto dirigido a los trabajadores y trabajadoras de la fábrica textil Tornton. También nos consta, según relata Krupskava (1933), la intención de Lenin de escribir un panfleto durante su exilio en 1899 que llevaría por título “Las mujeres y la causa del proletariado”. En este panfleto, animaría a las mujeres a participar del movimiento revolucionario y defendería que sólo la victoria de la clase trabajadora conquistaría la emancipación de género (prefacio escrito para la colección de artículos de Lenin titulada Sobre la emancipación de la mujer de 1934)

[3] Para se referir ao trabalho reprodutivo, Lenine utiliza com freqüência o termo “escravas domésticas” (Lenine, V.I.U. (1913): “Um grande avanço tecnológico”. Pravda, 91, 1913, 21 de Abril).

[4] Lenine, V. I .U. (1899): O desenvolvimento do capitalismo na Rússia, capítulo VII “O desenvolvimento da grande maquinaria industrial”.

[5] Lenine, V. I. U. (1920): “Às mulheres trabalhadoras”. Pravda, 40, 1920, 22 de fevereiro.

[6] Lenine, V. I. U. (1916): “Caricatura do marxismo e do economicismo imperialista”. Zvezda, 1-2, 1924.

[7] Lenine, V. I. U. (1913): “A classe trabalhadora e o neomaltusianismo”. Pravda, 137, 1913, 16 de junho.

[8] Zetkin, C. (1934): Lenin on the Woman Question, New York: International, p. 5.

[9] Zetkin (op. cit.: 4).

[10] Carta para Inessa Armand, 17 de janeiro de 1915.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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