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Colombia, Colombia :: 16/07/2015

O cessar-fogo das FARC e a resposta do presidente Santos

Os Editores de odiario.info

NOTA DOS EDITORES

A partir de 20 de Julho as FARC.EP decretam um cessar-fogo unilateral em todas as frentes de combate.

É a segunda vez que a organização revolucionária toma essa iniciativa. Esse primeiro gesto de paz foi interrompido quando o governo, ignorando-o, começou a bombardear acampamentos da guerrilha.

A atitude do presidente Juan Manuel Santos foi agora diferente. Como sempre ambíguo, considerou positivo o cessar-fogo fariano e anunciou como resposta uma «desescalada das ações militares» do Exercito também a partir do dia 20 do corrente mês. O seu discurso foi contraditório. Ameaçou por termo aos diálogos de paz de Havana se dentro de quatro meses não for positiva a sua avaliação dos resultados de quase três anos de que negociações na capital cubana. Mas findou a intervenção mudando de tom para afirmar que vê agora «uma luz no fundo do túnel» e sente «confiança e esperança». E no domingo passado declarou «Vamos conseguir essa Paz que nos tem sido tao esquiva!».

Do balanço a que procederá dentro de meses dependerá a continuação dos diálogos de Havana ou a retomada em força da guerra. O presidente colombiano admitiu pela primeira vez um cessar-fogo definitivo antes da assinatura de um acordo de paz que assinalaria o fim de 50 anos de um conflito em que pereceram milhões de colombianos. O respeito pelo cessar-fogo será acompanhado por um representante da ONU e outro da UNASUR.

O povo colombiano reagiu com esperança às notícias sobre o cessar-fogo unilateral das FARC e às perspetivas de paz. Mas é cedo para conclusões otimistas. Juan Manuel Santos tem um currículo que não inspira um mínimo de confiança. Os colombianos não esquecem que foi ele, quando ministro de Uribe, quem concebeu e organizou, com a colaboração da CIA e da MOSSAD, o bombardeamento pirata do acampamento do comandante Raul Reyes, em Sucumbios,no Equador.

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