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Nacionales Galiza :: 10/01/2020

Cinco reptos do soberanismo galego para 2020

Galiza Livre
Desde el soberanismo galego de izquierdas revolucionarias se señalan 5 grandes retos para este 2020

1- Unidade antirrepressiva. O independentismo vai enfrentar este ano o juízo da “Jaro”. Doze militantes com umha petiçom de 102 anos de prisom por causas políticas camufladas trás a fórmula de “enaltecimento do terrorismo”. Num país em que a luita armada leva anos ausente, nom se trata mais que da criminalizaçom definitiva do soberanismo. A ilegalizaçom de Causa Galiza e Ceivar icluídas na operaçom judicial suporia o passo definitivo. Paralelamente, outros quatro militantes independentistas da operaçom “Lusista” sofrem dispersom em Soto del Real e Estremera enquanto aguardam o juízo em prisom preventiva. Ainda formalmente inocentes, fôrom deliberadamente afastados das suas famílias polo Estado espanhol incumprindo a legislaçom internacional. Do mesmo jeito, os 19 de Meirás enfrentam-se a penas de até 13 anos de cadeia numha causa que também poderia transcorrer este ano. A proximidade das eleiçons autonómicas pode acelerar todos os processos coa intencionalidade de criminalizar o soberanismo galego axotando a desinformaçom e o espantalho do terrorismo. Por isso cumpre umha resposta unitária que trace a linha vermelha frente às estratégias político-judiciais do Regime do 78.

2- Um espaço habitável e renovado para o independentismo. Mália a repressom, o Processo Trevinca continua reagrupando no debate o soberanismo de fora do BNG. Simultaneamente, o MGS começou o ano com umha xeira de atos semelhantes desde dentro da frente nacionalista. A Mocidade pola Independência persiste na sua atividade que unifica na prática militante as diferentes tendências da juventude independentista. A necessidade dum espaço político que acumule o capìtal social soberanista para além do Bloco vira-se cada vez mais preciso e também mais possível. A nível estratégico, a possibilidade de que o BNG se subsuma num tripartido que estabilice o regime também desde a Xunta força à sua urgência.

3- Reorganizaçom sindical. Na CIG, o sindicato soberanista maioritário, a ruptura geracional coa mocidade manifesta-se cada vez mais rotunda. Um modelo sindical anacrónico que agrupa em federaçons sectoriais com base no operário fordista, baseado nas eleiçons sindicais e na negociaçom coletiva exclui a juventude maioritariamente desempregada e precarizada. Velhas ideias como a assembleia de paradas e precárias com rango interno de federaçom fam-se vitais, nom só para a pervivência do sindicato, também para nom estragar a potencialidade transformadora de toda umha geraçom. Ignorar o problema mais que um erro seria um crime.

4- Botarmos o Feijoo. O bipartido no governo espanhol, golpes em Ourense como as mobilizaçons de Verim, canda o próprio desgaste do executivo autonómico, podem agudizar a já manifesta baixada eleitoral do PP. Porém, tam apremante resulta a expulsom do governinho da direita espanholista mais corrupta e radicalizada como equivocada a entrada do nacionalismo no governo alternativo. Favorecer essa mudança sem deixar-se absorver, consolidando um discurso nacional e anti-regime, abofé que seria o mais ajeitado para o BNG e para o soberanismo. Contodo, a improbabilidade dessa opçom, dada a composiçom etária e de classe da frente, canda à sua trajectória, força a umha maior necessidade reorganizativa do independentismo. A estabilizaçom do regime nesta iminente segunda Transición vem da mao do PSOE-Unidos Podemos, a ruptura, do soberanismo. Nessa tesitura, a radicalizaçom fascista do discurso da direita obedece ao contrapeso do próprio regime para a sua perpetuaçom. O equivalente ao ruído de sabres na primeira Transición ou ao golpe de Tejero. Que o moribundo regionalismo beirista reproduza o medo ao facha para fortalecer o PSOE até criticando a CUP nom fai mais que retratar a sua desesperaçom por “apanhar cacho” nas autonómicas, nada mais. Anular o seu papel folclórico na “galleguización” da esquerda espanholista pró-regime mediante a clarificaçom política e a retirada de supostas legitimidades constitui também umha obriga histórica.

5- Acordos estratégicos nacionais e plurais. Para além da política institucional, cumpre sermos quem, como projetos de país, de construir áreas de diálogo e colaboraçom essenciais. Os meios de comunicaçom próprios, o ensino, a luita feminista, os centros sociais e a luita ecologista fornecem eidos prontos para esta imprescindível aliança aberta de transformaçom popular. Neste sentido, superarmos qualquer vanguardismo manipulador e a cultura política cainita que o alimenta supom, porém, o nosso maior desafio.

 

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