Galiza - Há muitos exemplos e nem sequer é o único partido com essa atitude, mas é um facto mais do que contrastado a defesa por parte do Partido Popular da permanência dos símbolos que exaltam a ditadura fascista espanhola na Galiza.
O penúltimo episódio aconteceu em Lugo, onde o PP rejeitou a retirada do título de "Alcalde Honorário Perpétuo" com que contava o assassino e ditador Francisco Franco na cidade das muralhas. Umha negativa alargada a qualquer retirda de nomes de franquistas que continuavam a inçar um pouco por todo o concelho.
Indo contra a Lei em vigor no Estado espanhol, que estabelece a obrigatória retirada de símbolos franquistas, o PP mantém a sua tradicional oposiçom à limpeza e dignidade dos espaços públicos galegos, apesar do qual foi possível proceder à retirada da inaudita homenagem ao fascista Franco na cidade de Lugo.
Fôrom os votos do PSOE e do BNG, partidos que já governárom esse concelho em diversas etapas, que finalmente e em época pré-eleitoral resolvêrom retirar o título de "Alcalde Honorario Perpétuo" ao ditador espanhol e as Medalhas de Ouro da cidade concedidas durante o franquismo a Heli Rolando de Tella, Comandante Manso e Antonio Pedrosa Latas, representantes do regime criminoso imposto durante 40 anos até a sua reforma no atual regime monárquico de 78. Também diversas ruas dedicadas a vários franquistas mudárom de nome, passando a ser dedicadas a Dias Pardo, Pousa Antelo e Jaquim Lourenço Xocas.
Homenagem renovada ao falangista Adolfo Suárez e a um ex-ministro de Franco
Contraditoriamente, outro falangista, Adolfo Suárez, recebeu renovada homenagem, levando o seu nome umha rua do mesmo concelho. A chamada "transiçom" nom só mantivo a simbologia franquista nos espaços públicos, como também criou umha nova mitologia em que dirigentes franquistas como o próprio Suárez passavam a representar a "nova democracia" bourbónica.
Daí que a retirada de símbolos franquistas incorra agora em contradiçons como a de dar umha rua a um "camisa azul" reconvertido em presidente do governo da direita espanhola nos anos 70-80, ou que o próprio presidente da cámara atual, José López Orozco, do PSOE, reivindicasse no ato oficial a figura doutro autoproclamado franquista "perpétuo": Manuel Fraga.