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Nacionales Galiza :: 26/05/2019

O primeiro independentismo marxista, mais antigo e sólido do que pensamos

Galiza Livre
El primer independentismo marxista galego, más antiguo y sólido de lo que pensabamos

A historiografia oficial sobre o soberanismo galego, académica e, por tanto, forçosamente espanholista, sempre tentou minguar o peso do independentismo no nosso país. Um caso claro representa-o a Uniom Socialista Galega de Joám Jesus Gonçales, primeira organizaçom independentista e socialista da nossa história. Assim, sempre se quer reduzir o seu impacto a Compostela. Porém,como já publicamos neste portal, dava organizado mintins de 3000 labregos em Arçua, tinha concelheiros em Cúntis e três senlheiros mártires do fascismo espanhol em Mondonhedo eram quadros seus.

Com o seu impacto cronológico seica acontece o mesmo. Oficialmente, a USG disque apenas existiu entre 1932 e 1933. Porém, no mesmo ano das proclamaçons da II República Espanhola e da Galega, em 1931, o sábado 12 de setembro, um mês antes de que o PSOE encenasse a traiçom do congresso de Monforte ao autonomismo galego, El Compostelano publicava esta nota:

“A imprensa da manhá e mais a de ontem à noite divulgou a nova de que se constituiu nesta povoaçom um novo partido político denominado Uniom Socialista Autónoma Galega (sic). Certamente, constituiu-se esse partido político, mas nom apenas em Compostela, onde reside o seu Comité Executivo com os seus estatutos de organizaçom geral. Senom que, assemade, também noutras povoaçons da Galiza, já que Uniom Socialista Galega vai ser na Galiza um partido que defende a pureza das ideias marxistas mais limpas do programa do partido socialista espanhol, embora adaptando-as às realidades da nacionalidade galega e cingindo-as aos postulados da sua carta fundamental como povo autónomo. Quer dizer: Uniom Socialista Galega, como se há dizer oportunamente no correspondente manifesto, há defender os postulados marxistas na sua mais viva pureza, mas há defender ao mesmo tempo a autonomia da nacionalidade galega dum jeito radical e permanente.

[…]A finais deste mês há começar a sua propaganda ativa a Uniom socialista Galega com um mitim no vizinho término municipal de Ames. Ham tomar parte neste mitim o secretário de organizaçom e vários moços destacados.”

Pola mesma, em 1936, quase no remate do período republicano e estatutário, El Pueblo Gallego publica o 19 de Maio esta outra nota assinada polo Comité Central da USG:

“Quando caiu em Setembro de 1933 a coaligaçom republicano socialista e se enceta umha etapa de luitas republicanas para reconquistar as essências do ano 31, Uniom Socialista Galega, que vinha luitando arreu pola implantaçom do regime autonómico na nossa terra, acordou unir-se, sem matizes, com as forças republicanas que luitavam por reconquistar o perdido em Novembro desse ano 1933. […] Transcorridos umha série de acontecimentos que possibilitavam a reorganizaçom deste partido para reanudarmos a luita pola implantaçom do regime autonómico, Uniom Socialista Galega repom de novo os seus quadros após eleger novo Comité Central e declara:

Primeiro. Que inícia a sua propaganda organicista e autonomista.

Segundo. Que ofereceu colaboraçom para todo o que recaia em benefício do regime autonómico da nossa terra.

Terceiro. Que oferece o seu entusiasmo e a sua emoçom primitivas para um labor de conjunto que nos leve à constituiçom do Estado galego.

Umha vez atingido o triunfo do dia 16 de Fevereiro passado, já nom nos interessa mais que secundariamenta a política nacional (sic) e a nossa definiçom ajusta-se a aquilo que foi a nossa razom de ser e aos sans princípios voltamos, sem nos arrepender de quanto figemos em bem do 16 de Fevereiro desde os sectores e terrenos em que agimos.”

 

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