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Nacionales Galiza :: 16/10/2017

Alerta nacional perante vaga incendiarioa

Agora Galiza
El estado y la Xunta ausentes. El Pueblo Trabajador Galego se autoorganiza para apagar incendios que rodean incluso Vigo

PP continua avançando na destruiçom planificada da Galiza.

As altas temperaturas derivadas da mudança climática global facilitam a propagaçom dos incêndios florestais e dificultam o seu combate.

Porém, as causas da vaga incendiária que arrasa milhares de hetáreas do nossa naçom, com destaque para as comarcas do sul, respondem às depredadodaras políticas aplicadas por Espanha e a Uniom Europeia nas últimas décadas.

A destruiçom do mundo rural derivada da entrada da Galiza na Europa dos mercaderes, imposta por Espanha, tem provocado o despovoamento, o êxodo e envelhecimento de imensas áreas geográficas.

A susbtituiçom da agricultura e gandaria por enormes plantaçons de pinheiros e eucaliptos, permite explicar as principais razons de porque levamos mais de 50 anos assistindo a devastadores incêndios que destroem o ecossistema, arrasam com a nossa riqueza etnográfica e arqueológica, perante a passividade criminal das autoridades.

Nom podemos desconsiderar que interesses madereiros e urbanísticos também som responsáveis dos incêndios. Porêm, para podermos explicar porque nos últimos dez dias ardem as joias naturais da Galiza, porque o lume consome o Jurês, os Ancares e o Caurel, nom podemos evitar denunciar a existência de um deliberado plano que pretende destruir os seus ecossistemas para assim fazer desaparecer os obstáculos legais que os protegem do assalto das empresas da minaria extrativa e das eólicas.

Se desaparece a riqueza ecológica a proteger, os terrenos podem ser requalificados e portanto instaladas minas, parques eólicos, plantaçons industriais de espécies pirófitas, para o enriquecimento das empresas, muitas delas vinculadas com a máfia do PP.

A Junta da Galiza que há umha semana despediu a vários centenares de brigadistas, fala de mais de oitenta incêndios, mas a realidade constata que som muitos mais os focos que nestes momentos geram angústia e pánico na área metropolitana de Vigo, nas aldeias da Límia, do Jurês e do Caurel, do Condado e a Paradanta, do Carvalinho e Chantada, de Sárria e da Terra de Lemos, nas estradas e vias de comunicaçom, pola destruiçom da natureza, de vivendas e propriedades, pondo em perigo a vida de centenares de vizinhas e vizinhos.

Perante esta situaçom a máfia pirómana instalada em Sam Caetano carece de um plano de contigência eficaz por falta de meios suficientes e basicamente de interesse. Os seus estreitos vínculos e cumplicidades com as empresas privadas que se lucram do combate aos incêndios, aos intereses dos complexos de pasta de papel de Ence-Elnosa, das empresas de aerogeradores, som determinantes nos acontecimentos em curso.

Agora Galiza transmite a sua solidariedade com todos aqueles compatriotas que nestes momentos estám sofrendo perante o avanço do lume, com as famílias e amizades das duas primeiras vítimas falecidas em Nigrám.

A esquerda independentista e socialista galega solicita a imediata demissom de Ángeles Vázquez Mejuto, a Conselheira De Meio Rural, assim como de Alberto Nuñez Feijó, pola suas indiscutíveisresponsabilidades nesta tragédia nacional.

Apelamos ao conjunto do povo trabalhador galego a secundar as mobilizaçons que amanhá se desenvolverám nos principais núcleos urbanos do país, sabendo que os que estes dias penduram em fachadas ou passeiam polas ruas a bandeira da ditadura espanhola, nom estarám denunciando aos responsáveis desta catástrofe nacional.

Nom podemos permitir que os instintos suicidas instalados em segmentos detacados do nosso povo facilitem que a Galiza se converta num gigantesco monocultivo de ecucaliptos, numha mina a céu aberto, numha pilha de eólicos, que só provocarám a nossa miséria como povo.

Direçom Nacional de Agora Galiza

Na Pátria, 15 de outubro de 2017

 

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