Alerta nacional perante vaga incendiarioa
PP continua avançando na destruiçom planificada da Galiza.
As altas temperaturas derivadas da mudança climática global facilitam a propagaçom dos incêndios florestais e dificultam o seu combate.
Porém, as causas da vaga incendiária que arrasa milhares de hetáreas do nossa naçom, com destaque para as comarcas do sul, respondem às depredadodaras políticas aplicadas por Espanha e a Uniom Europeia nas últimas décadas.
A destruiçom do mundo rural derivada da entrada da Galiza na Europa dos mercaderes, imposta por Espanha, tem provocado o despovoamento, o êxodo e envelhecimento de imensas áreas geográficas.
A susbtituiçom da agricultura e gandaria por enormes plantaçons de pinheiros e eucaliptos, permite explicar as principais razons de porque levamos mais de 50 anos assistindo a devastadores incêndios que destroem o ecossistema, arrasam com a nossa riqueza etnográfica e arqueológica, perante a passividade criminal das autoridades.
Nom podemos desconsiderar que interesses madereiros e urbanísticos também som responsáveis dos incêndios. Porêm, para podermos explicar porque nos últimos dez dias ardem as joias naturais da Galiza, porque o lume consome o Jurês, os Ancares e o Caurel, nom podemos evitar denunciar a existência de um deliberado plano que pretende destruir os seus ecossistemas para assim fazer desaparecer os obstáculos legais que os protegem do assalto das empresas da minaria extrativa e das eólicas.
Se desaparece a riqueza ecológica a proteger, os terrenos podem ser requalificados e portanto instaladas minas, parques eólicos, plantaçons industriais de espécies pirófitas, para o enriquecimento das empresas, muitas delas vinculadas com a máfia do PP.
A Junta da Galiza que há umha semana despediu a vários centenares de brigadistas, fala de mais de oitenta incêndios, mas a realidade constata que som muitos mais os focos que nestes momentos geram angústia e pánico na área metropolitana de Vigo, nas aldeias da Límia, do Jurês e do Caurel, do Condado e a Paradanta, do Carvalinho e Chantada, de Sárria e da Terra de Lemos, nas estradas e vias de comunicaçom, pola destruiçom da natureza, de vivendas e propriedades, pondo em perigo a vida de centenares de vizinhas e vizinhos.
Perante esta situaçom a máfia pirómana instalada em Sam Caetano carece de um plano de contigência eficaz por falta de meios suficientes e basicamente de interesse. Os seus estreitos vínculos e cumplicidades com as empresas privadas que se lucram do combate aos incêndios, aos intereses dos complexos de pasta de papel de Ence-Elnosa, das empresas de aerogeradores, som determinantes nos acontecimentos em curso.
Agora Galiza transmite a sua solidariedade com todos aqueles compatriotas que nestes momentos estám sofrendo perante o avanço do lume, com as famílias e amizades das duas primeiras vítimas falecidas em Nigrám.
A esquerda independentista e socialista galega solicita a imediata demissom de Ángeles Vázquez Mejuto, a Conselheira De Meio Rural, assim como de Alberto Nuñez Feijó, pola suas indiscutíveisresponsabilidades nesta tragédia nacional.
Apelamos ao conjunto do povo trabalhador galego a secundar as mobilizaçons que amanhá se desenvolverám nos principais núcleos urbanos do país, sabendo que os que estes dias penduram em fachadas ou passeiam polas ruas a bandeira da ditadura espanhola, nom estarám denunciando aos responsáveis desta catástrofe nacional.
Nom podemos permitir que os instintos suicidas instalados em segmentos detacados do nosso povo facilitem que a Galiza se converta num gigantesco monocultivo de ecucaliptos, numha mina a céu aberto, numha pilha de eólicos, que só provocarám a nossa miséria como povo.
Direçom Nacional de Agora Galiza
Na Pátria, 15 de outubro de 2017