Arde Galiza: Há que responder e assinalar @s responsáveis

Os mais de 5000 incendios que se produzírom este ano mais todos os que se estám a produzir nestes momentos nom som produto da casualidade nem dumha má sorte endémica que nos afecte às e aos galeg@s. Desde a década de 70 tem ardido mais da metade do território da Galiza administrativa ante a contínua ineficiencia das autoridades coloniais e umha penosa passividade da maioria da nossa populacom.

Os incendios florestais tenhem trás de si umhas causas e uns intereses económicos concretos. Tenhem responsáveis com nomes e apelidos.

-A dedicacom de mais do 60% do território galego a usos florestais segundo um padrom produtivista e curto-pracista que desconsidera os usos agrários (países nom labregos como a Suíca dedicam mais porcom do seu território ao agro do que a Galiza, com umha percentagem de populacom rural das mais altas da Europa) devém na falta de cuidado e atencom ao monte. Um monte nom trabalhado e nom diversificado é mais facilmente pasto das chamas e os especuladores.

-A falta dumha política preventiva por parte das autoridades autonómicas pretende solventar-se com os fogos de artifício da luita ani-incendios: desdobramento de meios, milhares de homens e mulheres (as brigadas contra o lume som magnífica ferramenta para o PP na sua colocacom de postos de trabalho no rural, com o posterior e conhecido soborno), concepcom da luita contra o lume como um problema de orde pública. Nom se trata de evitar o fogo, mas de aparentar que se trabalha com diligencia contra ele.

-A descida do valor do preco da terra e as requalificacons para a nova vaga de construcom irracional (invasom de urbanizacons para privilegiados a destrocar as nossa aldeias), junto com a conhecida aposta polas espécies de crescimento rápido amparadas polo tándem madeireiras-Xunta-caixas( este conglomerado está por trás da privatizacom da nefasta ENCE)explicam mui às claras boa parte das raízes dos incendios que arrassam a Galiza desde há trinta anos.

Esta destruccom é polo tanto consequencia da ausencia dumha verdadeira política agrária e florestal em chave galega e popular; da imposicom do capitalismo polo Estado espanhol, da nossa condicom de colónia económica e política, dependendo dum Estado que só destina meios para a propaganda; dum País que na sua maioria segue a assistir com resignacom à sua destrucom colectiva.

As catástrofes que estám a sofrer os nossos montes tenhem uns responsáveis concretos: a Junta da Galiza com a sua política forestal, e mais concretamente a Direccom Geral de Montes da Conselharia de Médio Ambiente. A sua negligencia, falta de previsom, por parte dum Estado que esbanja milhons e milhons em encher de polícias as nossas ruas fam hoje que lugares como o Écaro, Cee, Negreira, Lage... sofram espectaculares incendios, destruindo os nossos recursos naturais e convertindo a nossa paisagem em borralha

Os nossos bosques autóctones (já destrocados polo monocultivo massivo de eucaliptos , com a construccom de pistas florestais sem planificacom algumha, a construccom de centrais de FENOSA, etc...) e em geral todos os recursos naturais da Galiza som utilizados para o interese dos capitalistas espanhois cuja finalidade é tirrar o maximo benefício protegidos pola legalidade do Estado espanhol. Isso é o que demonstram estes factos que se repitem cada ano cada vez com maior intensidade.

Se destruem os nossos recursos, destruem o nosso futuro. Ante isto, o único caminho é a luita e a organizacom para que arda o seu sistema e nom a nossa fonte de vida.

HÁ QUE SAIR À RUA CONTRA O LUME
ESPANHA É A NOSSA RUÍNA
INDEPENDÊNCIA