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Europa :: 16/08/2015

Governo do Syriza: capitulação total

Os Editores de odiario.info

Nota dos Editores

A aprovação por ampla maioria pelo Parlamento de Atenas do III Resgaste imposto à Grécia pela União Europeia era esperada. Será recordada como o ato de capitulação total e humilhante do governo do Syriza perante o grande capital.

Bruxelas concedeu ao executivo de Tsipras 86 mil milhões de euros pagáveis em três anos.

O Memorando aprovado inclui cortes brutais nas pensões de reforma, no sistema de saúde, na educação Regulamenta inclusive o numero de horas de aulas nas escolas, a quantidade de aspirinas que um cidadão pode adquirir. O Ajuste pode superar os 9000 milhões de euros. Os aeroportos regionais serão privatizados e algumas exigências envolvem as relações internacionais.

O FMI informou que somente em outubro decidirá se participa ou não, dependendo a sua «ajuda» da «sustentabilidade da divida». A hipocrisia é inocultável; a senhora Lagarde sabe que a dívida é impagável.

Tsipras, em mais um discurso de recorte populista, afirmou que a escolha era entre «continuar a viver ou o suicídio».

Na realidade as medidas impostas,mais duras do que as aceites pelo governo de Samarás, configuram um suicídio politico e económico.

A mal chamada «ala esquerda» do Syriza votou criticou o Memorando, mas o discurso dos críticos do partido foi ambíguo. O ex-ministro Varoufakis, por exemplo, declarou que votou contra o resgaste mas apoia o governo.

Foi graças à Nova Democracia (76 deputados) e ao PASOK que o Parlamento aprovou as exigências de Bruxelas. Mas o ex primeiro-ministro Samarás esclareceu que o seu partido votará contra a moção de confiança anunciada por Tsipras.

Fica transparente que a Grécia, sob o consulado do Syriza, foi reduzida ao estatuto de colonia de novo tipo.

Em Portugal, o Bloco de Esquerda (Louçã participou inclusivamente em Atenas ao lado de Tsipras num comício) e dirigentes do PS que durante meses viram no Syriza o modelo de uma «esquerda europeia moderna» esforçam-se agora, atabalhoadamente, por justificar tomadas de posição incómodas, dando o dito por não dito.

O Presidente da Republica, Passos Coelho, os seus ministros e os comentadores de serviço na Televisão e nos jornais acumulam, como habitualmente, disparates sobre a crise grega.

Fica transparente que a Grécia, sob o consulado do Syriza foi reduzida à situação de colonia de novo tipo, governada pelo grande capital transnacional.

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