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Mundo :: 28/09/2011

A matança libia

Os Editores de odiario.info

Nota dos Editores

A palavra vândalos recorda uma horda guerreira que, segundo os historiadores da época, destruiu na Europa tudo por onde passava.

Transcorridos 1500 anos, um sistema de poder imperial hegemonizado pelos EUA vandaliza na África do Norte um enorme território (1 760 000 Km2) escassamente povoado (6 milhões de habitantes). Arrasa infra-estruturas, pulveriza bairros inteiros, chacina os moradores, destrói tudo, excepto as instalações petrolíferas.

A execução do projecto criminoso principiou em Fevereiro com o «levantamento» de Benghazi, concebido com antecedência e comandado por tropas de elite da Grã-bretanha e agentes dos serviços secretos britanicos, da CIA e da Mosad israelense.

O plano previa uma vitoria rápida. Mas bombas da NATO continuam a explodir sobre o solo líbio transcorrido meses. A agressão armada a um pequeno povo configura uma violação indisfarçável da Resolução do Conselho de segurança (imposta pelos EUA, França e Grã Bretanha) que criou a chamada «zona de exclusão aérea».

Em Agosto os agressores, quando os «rebeldes» entraram em Tripoli, festejaram a fim da «guerra de libertação» e «a vitória da democracia».

Mentiram. A resistência do povo líbio prossegue em Sirte,Beni Walid, Gadhames, Sebhah ,nos oásis do Fezão. Mesmo na capital, a resistencia aos invasores aumenta, tal como em bairros de Benghasi, Misrata, Brega e outras cidades. E os aviões da NATO (que prolongou o seu falso mandato) bombardeiam diariamente as forças do governo legítimo quando estas põem em debandada a tropa fandanga do CNT.

Kadhafi, segundo a troika imperialista, permanece alias na Líbia e dirige a resistência.

A ocultação da realidade não tem o poder de transformar em epopeia libertadora a agressão ao povo líbio, elogiada pelo Presidente Obama no discurso pronunciado na Assembleia-geral da ONU como modelo exemplar de futuras cruzadas dos EUA.

É tempo de os povos tomarem consciência de que na guerra líbia está espelhada a barbárie imperialista contemporânea.

Os Editores de www.odiario.info

 

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