lahaine.org
Nacionales Galiza :: 15/12/2013

Rebeca Bravo: "Espanha é a nossa ruína, na versom monárquica e na republicana"

Diario Liberdade
La recien reelegida portavoz nacional de NOS-UP ofrece su primera entrevista trás la asamblea nacional a Diario Liberdade

Galego

No passado dia 30 de novembro, NÓS-Unidade Popular reuniu pola sétima vez desde a sua constituiçom em 2001 o seu máximo organismo, reelegendo Rebeca Bravo como porta-voz Nacional.

Nesse encontro assemblear, NÓS-UP reafirmou a sua linha histórica independentista, socialista e feminista, apostando em simultáneo por apoiar os espaços de confluência com outras correntes da esquerda nacional na tentativa de forçar umha verdadeira ruptura democrática com o antidemocrático regime capitalista espanhol.

O Diário Liberdade conversou com a dirigente da esquerda independentista galega sobre esse processo interno, assim como sobre outras questons da atualidade política galega, com destaque para as dinámicas de parcial unidade de açom entre os diferentes setores da esquerda nacional.

Eis a transcriçom da entrevista com Rebeca Bravo (@rebecabravogz).

Diário Liberdade: NÓS-Unidade Popular acabou de culminar recentemente o processo de debate das teses e eleiçom da nova direçom na VII Assembleia Nacional decorrida em Teu. Como avalias o processo?

Rebeca Bravo: Muito positivamente. Mas nom é só umha avaliaçom minha, já nas primeiras análises em comum nas Assembleias Comarcais, umha vez finalizado este VII processo assemblear que começou em julho, as avaliaçons coincidem. Além de muito participativa e de termos ensaiado umha enorme transparência divulgando integralmente e pola primeira vez as teses em debate antes da Assembleia Nacional, recolhendo opinions de simpatizantes, foi o cenário em que visibilizamos um alto grau de madurez e coesom organizativa. Houvo contributos com base em vivas discussons que cristalizárom em amplos consensos no debate político pola heterogeneidade da Unidade Popular e, precisamente por isto, foi de enorme produtividade.

A Unidade Popular saiu de Teu mais reforçada, com maior confiança em si mesma e nas enormes pontencialidades do projeto revolucionário que estamos a construir.

DL: As mudanças dos últimos dous anos no campo político da esquerda soberanista estám a ser muito grandes. Achades que este processo está finalizado ou ainda pode haver novidades na reconfiguraçom deste espaço?

RB: Francamente, aguardamos que se consolidem e que adotem o caráter de mudanças de fundo. Por um lado, maos que garantam a consecuçom dum Estado próprio para a Galiza, nom sobram na esquerda patriótica. Portanto, todos esses setores de tradiçom nacionalista, que se aventurárom em flirteios com a esquerda espanhola, e que hoje mantenhem um absurdo acordo com quem nom aposta na Galiza, entendemos que podem voltar a fazer parte da necessária auto-organizaçom do povo trabalhador galego.

Quanto às novas atuaçons suprapartidárias pola soberania, concretamente a GPS (Galiza pola Soberania), esperamos que se desenvolvam com umha maior firmeza e expansom. Do espaço da esquerda soberanista tenhem de surgir sólidas estruturas, amplas e plurais, de luita e mobilizaçom.

Porém, só umha esquerda independentista com firmeza nos princípios, capacidade de intervençom política e vocaçom de massas conseguirá tornar irreversível a viragem soberanista e de esquerda do nacionalismo galego. Mas ainda seria precipitado, tal como analisamos na Assembleia Nacional, elaborarmos um diagnóstico definitivo.

DL: NÓS-Unidade Popular defende a necessidade de criar um espaço de esquerda independentista anticapitalista e feminista entre os dous pólos representados polo BNG e Anova. Por que achades necessário preencher esse espaço em lugar de vos integrardes numha dessas duas organizaçons?

RB: Um dos debates que atingiu pleno consenso na nossa VII Assembleia Nacional concluiu com a ratificaçom da nossa linha de atuaçom: umha estratégia independentista, socialista e feminista contra a ofensiva do capitalismo espanhol e da Uniom Europeia. Nos dias de hoje, nem o BNG nem Anova defendem essa via.

O projeto da Unidade Popular aposta na convergência das luitas obreiras e populares, por umha saída política à crise do capitalismo espanhol. Nom queremos reformar nem regenerar Espanha, tampouco melhorar o autogoverno; somos pola superaçom do sistema capitalista, pola superaçom da opressom nacional e de género que padece a Pátria e padecemos as mulheres. Isto nom se vai conseguir eleitoralmente, mas sim por umha rebeliom popular. É necessário desenvolver, aprofundar e radicalizar a luita na rua, nos centros de trabalho e ensino para tombar Rajói e o governinho sucursalista de Feijó. Eis a nossa alternativa revolucionária.

Só um povo auto-organizado e movimentado conquistará essa nova sociedade que a maioria sonha, mas que ainda nom sabe como e mesmo nom considera possível atingir. Há que superar a resignaçom e o fatalismo e isso só se consegue ao calor do povo unido na luita.

DL: Umha das novidades importantes nos últimos meses é a criaçom de umha unidade de açom entre diferentes setores da esquerda soberanista (manifestaçom do 3 de março, 24 de julho unitário das organizaçons juvenis e estudantis, etc.). A iniciativa Galiza pola Soberania é mais umha expressom destas dinámicas. Como analisa NÓS-UP o decorrer e as potencialidades desta unidade de açom e da GpS? Até onde está NÓS-UP disposta a chegar nesse processo de unidade de açom?

RB: Estamos dispostas a chegar até atingir um governo do povo trabalhador galego para o povo trabalhador galego. Estamos dispostas a chegar até sairmos da crise capitalista e sobretodo do capitalismo. Estamos dispostas a superar o patriarcado na Galiza. Queremos umha Pátria independente e soberana, governada na Galiza e para a Galiza. E para atingirmos estes objetivos, somos conscientes de que precisamos de amplas unidades de açom em base a programas avançados, e desenvolver umha estratégia permanente e encadeada de luita e mobilizaçom social. Todo o que tiver a ver com estes passos, com essas dinámicas, como a inicativa suprapartidária da GPS que mencionades, avaliamo-lo como muito positivo.

Defendemos a continuaçom da unidade de açom do soberanismo e do independentismo, mas chegou o momento de passarmos da fase de exploraçom e contatos, de acordos pontuais e intermitentes para umha fase mais sólida. A bola está no telhado do BNG, que deve esclarecer o que pretende fazer.

A VII Assembleia de NÓS-UP deixou claro que a esquerda independentista aposta em manter e desenvolver a unidade de açom, mas também quer reforçar o pólo alternativo revolucionário que representamos frente às duas vias reformistas, de Anova e BNG, com as suas diferenças qualitativas basicamente a respeito da defesa da auto-organizaçom.

DL: Como avaliades o atual panorama de mobilizaçons sociais de diferentes setores do povo trabalhador galego contra as políticas burguesas dos governos autonómico e espanhol, ambos em maos da direita? A resposta popular a todas estas agressons e ataques está a ser suficiente?

RB: Enquanto nom existir um governo para a Galiza ao serviço dos interesses da maioria, a resposta popular é insuficiente. Mas no que realmente devemos incidir é em facilitar o imprescindível grau de vertebraçom e convergência de todas as luitas existentes, que som numerosas, em prol dumha ruptura democrática e o começo dum processo constituinte galego.

O conjunto da esquerda patriótica tem que priorizar a luita de rua e nom supeditá-la o curtoprazismo eleitoral, cujas limitaçons estám perfeitamente constatadas na história das luitas de libertaçom nacional e social de género em escala internacional, mas também no nosso específico palco nacional.

Há que acumular forças com visom estratégica, afastadas de governos alternativos ao PP, carimbados como "progressistas", mas que só reproduzírom políticas similares às da direita, que tanto dano tenhem provocado no movimento popular.

O nosso Programa Tático para a Rebeliom Popular (PTRP) é um modesto, mas mui sério e fundamentado, contributo para avançarmos nessa direçom.

A esquerda soberanista e independentista nom deve ter pressa algumha por governar, e sim por criar musculatura e tecer umha rede de contrapoder popular, obreiro e nacional com fundas raízes, que nos permita disputar no momento oportuno o poder. Tomar o poder deve ser o objetivo, nom gerir governinhos sem capacidade nem soberania algumha no terreno económico, fiscal e político. O bipartido ou as experiências dos governos municipais de Vigo, Ferrol ou Compostela som um exemplo bem esclarecedor.

DL: Nestes dias, o regime espanhol celebra o 35 aniversário da sua Constituiçom, texto considerado sagrado polos apologistas e defensores do regime saído da denominada “Transiçom”, embora alguns setores políticos , mediáticos e económicos do Estado espanhol falem agora de reformas, mesmo de umha “II Transiçom” como resposta à crise de legitimidade. Qual é a vossa opiniom sobre estes movimentos dentro do regime?

RB: Algo deve mudar para que todo continue como está. Essa é a lógica lampedusiana de umha parte da oligarquia espanhola que considera inevitável e urgente realizar mudanças cosméticas para evitar um descalabro. Outra parte resiste e aposta na involuçom política em todos os campos. A nossa opiniom sobre umha possível II Transiçom, o mesmo que na a primeira, é que só se trata de implementar um monumental engano, umha nova fraude, furtando a opiniom popular para perpetuar um regime ilegítimo que só provoca dor e sofrimento, e que cada vez tem menos apoios.

Qualquer reforma do quadro político e institucional estatal só pretende desviar a atençom das nossas reivindicaçons fundamentais face umha mudança que nom alterará em nada o cerne da nossa dependência nacional e opressom de classe e género. Pois os que mandam e imponhem vam seguir a ser os das políticas do espanholismo, da burguesia e o machismo, políticas claramente antagónicas com as necessidades do povo trabalhador galego. Monarquia ou república espanhola é um falso dilema. Nós queremos umha II República Galega, mas umha república obreira e popular, de orientaçom socialista e feminista. Queremos mudá-lo todo, e isso só é possível fora de Espanha, do capitalismo e do patriarcado.

Mostramo-nos pois clara e radicalmente contrárias com estes movimentos que servem às classes dominantes unicamente para ganharem tempo e criarem falsas esperanças ao nosso povo. Isso sim, com a cumplicidade de IU e doutras forças social-democratas espanholas que alimentam as falsas alternativas de quem só aspira a governar a toda custa para reproduzir os interesses das suas elites.

Espanha sempre foi e é a nossa ruína, tanto na sua versom monárquica como republicana.

DL: A seguinte cita eleitoral é a das eleiçons europeias em maio do ano que vem. NÓS-UP tem declarado a sua disponibilidade para participar numha candidatura galega sob certas condiçons. Como olhades a situaçom neste momento? Dam-se essas condiçons?

RB: A nossa definitiva posiçom eleitoral para as próximas europeias ainda está por definir, embora a VII Assembleia Nacional tenha esclarecido o que nom estamos dispostas a fazer. Mas por todas é sabido a posiçom favorável de NÓS-UP a fazer parte de umha candidatura galega e de esquerda que apresente oposiçom à Uniom Europeia dos mercados e dos Estados. Este foi outro dos debates dados na nossa VII Assembleia Nacional, e gerou contributos interessantes para o processo de intercámbio com outras forças, para a possível configuraçom dumha candidatura nestes termos.

Castellano

El pasado día 30 de noviembre, NÓS-Unidade Popular reunió por séptima vez desde su constitución en 2001 su máximo organismo, reeligiendo a Rebeca Bravo como porta-voz Nacional.

En ese encuentro asambleario, NÓS-UP reafirmó su línea histórica independentista, socialista y feminista, apostando en simultáneo por apoyar los espacios de confluencia con otras corrientes de la izquierda nacional en la intención de forzar una verdadera ruptura democrática con el antidemocrático régimen capitalista español.

Diario Liberdade conversó con la dirigente de la izquierda independentista galega sobre ese proceso interno, así como sobre otras cuestiones de actualidad política galega, destacando las dinámicas de parcial unidad de acción entre los diferentes sectores de la izquierda nacional.

He aquí la transcripción de la entrevista con Rebeca Bravo (@rebecabravogz)

Diario Liberdade: NÓS-Unidade Popular ha acabado de culminar recientemente el proceso de debate de las tesis y elección de la nueva dirección en la VII Asamblea Nacional transcurrida en Teu. ¿Como evalúas el proceso?

Rebeca Bravo: Muy positivamente. Pero no es solamente una evaluación mía, ya en los primeros análisis en común en las Asambleas Comarcales, una vez finalizado este VII proceso asambleario que comenzó en julio, las evaluaciones coinciden. Además de muy participativa y de haber experimentado una enorme transparencia divulgando integralmente por primera vez las tesis en debate antes de la Asamblea Nacional, recogiendo opiniones de simpatizantes, fue el escenario en que visibilizamos un alto grado de madurez y cohesión organizativa. Hubo aportaciones basadas en vivas discusiones que cristalizaron en amplios consensos en el debate político por la heterogeneidad de la Unidad Popular, y precisamente por esto, fue de enorme productividad.

La Unidad Popular salió de Teu más reforzada, con mayor confianza en sí misma y en las enormes potencialidades del proyecto revolucionario que estamos construyendo

DL: Los cambios de los últimos dos años en el campo político de la izquierda soberanista están siendo muy grandes. ¿Creéis que este proceso está finalizado o aún puede haber novedades en la reconfiguración de este espacio?

RB: Francamente, esperamos que se consoliden y de adopten el carácter de cambios de fondo. Por un lado, manso que garanticen la consecución de un Estado propio para Galiza, no sobran en la izquierda patriótica. Por lo tanto, todos esos sectores de tradición nacionalista, que se aventuraron en flirteos con la izquierda española, y que hoy mantienen un absurdo acuerdo con quien no apuesta por Galiza, entendemos que puede vover a formar parte de la necesaria auto-organización del pueblo trabajador galego.

En cuanto a las nuevas situaciones suprapartidarias por la soberanía, concretamente la GPS (Galiza por la Soberanía), esperamos que se desarrollan con una mayor firmeza y expansión.

Del espacio de la izquierda soberanista tienen que surgir sólidas estructuras, amplias y plurales de lucha y movilización.

Sin embargo, sólo una izquierda independentista con firmeza en los principios, capacidad de intervención política y vocación de masas conseguirá hacer irreversible el cambio de rumbo soberanista y de izquierda del nacionalismo galego. Pero aún sería precipitado, tal y como analizamos en la Asamblea Nacional, elaborar un diagnóstico definitivo.

DL: NÓS-Unidade Popular defiende la necesidad de crear um espacio de izquierda independentista anticapitalista y feminista entre los dos polos representados por el BNG y Anova. ¿Por que creéis necesario ocupar ese espacio en lugar de integraros en una de esas dos organizaciones?

RB: Uno de los debates que alcanzó pleno consenso en nuestra VII Asamblea Nacional concluyó con la ratificación de nuestra línea de actuación: una estrategia independentista, socialista y feminista contra la ofensiva del capitalismo español y de la Union Europea. A día de hoy ni el BNG ni Anova defienden esa vía.

El proyecto de la Unidad Popular apuesta por la convergencia de luchas obreras y populares, por una salida política a la crisis del capitalismo español. No queremos reformar ni regenerar España, tampoco mejorar el autogobierno: abogamos por la superación del sistema capitalista, por la superación de la opresión nacional y de género que padece la Patria, y padecemos las mujeres. Esto no se va a conseguir electoralmente pero si por una rebelión popular. Es necesario desarrollar, profundizar y radicalizar la lucha en la calle, en los centros de trabajo y en la educación para echar abajo a Rajoi y el gobierno sucursalista de Feijó. Esta es la nuestra alternativa revolucionaria.
Sólo un pueblo auto-organizado y en movimiento conquistará esa nueva sociedad que la mayoría sueña, pero que aún no sabe como e incluso no considera posible alcanzar. Es necesario superar la resignación y el fatalismo y eso sólo se consigue al calor del pueblo unido en la lucha.

DL: Una de las novedades importantes en los últimos meses es la creación de una unidad de acción entre diferentes sectores de la izquierda soberanista (manifestación del 3 de marzo, 24 de julio unitario de las organizaciones juveniles y estudiantiles, etc.). La iniciativa Galiza por la Soberania es más una expresión de estas dinámicas. ¿Como analiza NÓS-UP el paso a paso y las potencialidades de esta unidad de acción y de la GpS? ¿Hasta donde está NÓS-UP dispuesta a llegar en este proceso de unidad de acción?

RB: Estamos dispuestas a llegar hasta alcanzar un gobierno del pueblo trabajador galego para el pueblo trabajador galego. Estamos dispuestas a llegar hasta salir de la crisis capitalista y sobre todo del capitalismo. Estamos dispuestas a superar el patriarcado en Galiza. Queremos una Patria independiente y soberana, gobernada en Galiza y para Galiza. Y para alcanzar estos objetivos, somos conscientes de que necesitamos amplias unidades de acción en base a programas avanzados y desarrollar una estrategia permanente y encadenada de luchas y movilización social. Todo lo que tenga que ver con estos pasos, con estas dinámicas, como la iniciativa suprapartidaria de la GPS que mencionais, lo evaluamos como muy positivo.

Defendemos la continuidad de la unidad de acción del soberanismo y del independentismo, pero ha llegado el momento de pasar de la fase de exploración y contactos, de acuerdos puntuales e intermitentes a una fase más sólida. La bola está en el tejado del BNG que debe aclarar que pretende hacer.

La VII Asamblea de NÓS-UP dejó claro que la izquierda independentista apuesta por mantener y desarrollar la unidad de acción, pero también quiere reforzar el polo alternativo revolucionario que representamos frente a las dos vías reformistas de Anova y BNG con sus diferencias cualitativas básicamente al respecto de la defensa de la auto-organización.

DL: ¿Cómo evaluáis el actual panorame de movilizaciones sociales de diferentes sectores del pueblo trabajador galego contra las políticas burguesas de los gobiernos autonómico y español, ambos en manos de la derecha? ¿La respuesta popular a todas estas agresiones y ataques está siendo suficiente?

RB: Mientras no exista un gobierno para Galiza al servicio de los intereses de la mayoría, la respuesta popular es insuficiente. Pero en lo que realmente debemos incidir es en facilitar el imprescindible grado de vertebración y convergencia de todas las luchas existentes, que son numerosas, en pro de una ruptura democrática y el comienzo de un proceso constituyente galego.

El conjunto de la izquierda patriótica tiene que priorizar la lucha de la calle y no supeditarla al cortoplacismo electoral, cuyas limitaciones están perfectamente constatadas en la historia de las luchas de liberación nacional y social de género a escala internacional, pero también en nuestro específico palco nacional.

Es necesario acumular fuerzas con visión estratégica, apartadas de gobiernos alternativos al PP, calificados como “progresistas”, pero que sólo reprodujeron políticas similares a las de la derecha, que tanto daño han provocado al movimiento popular.

La izquierda soberanista e independentista no debe tener prisa alguna por gobernar y si, en crear musculatura y tejer una red de contrapoder popular, obrero y nacional con profundas raíces, que nos permita disputar en el momento oportuno el poder. Tomar el poder debe ser el objetivo, no gestionar gobiernos sin capacidad ni soberanía alguna en el terreno económico, fiscal y político. El bipartito o las experiencias de los gobiernos municipales de Vigo, Ferrol o Compostela son un ejemplo bien claro de esto.

DL: Estos días, el régimen español celebra el 35 aniversario de su Constitución, texto considerado sagrado por los apologistas y defensores del régimen salido de la denominada "Transición", aunque algunos sectores políticos, mediáticos y económicos del Estado español hablen ahora de reformas, incluso de una "II Transición" como respuesta a la crisis de legitimidad. ¿Cuál es vuestra opinión sobre estos movimientos dentro del régimen?

Algo debe cambiar para que todo continúe como está. Esa es la lógica lampedusiana de una parte de la oligarquía española que considera inevitable y urgente realizar cambios cosméticos para evitar un descalabro. Otra parte resiste la apuesta en la involución política en todos los campos. Nuestra opinión sobre una posible II Transición, lo mismo que en la primera, es que sólo se trata de implementar un monumental engaño, un nuevo fraude, secuestrando la opinión p opular para perpetuar un régimen ilegítima que sólo provoca dolor y sufrimiento, y que cada vez tiene menos apoyos.

Cualquier reforma del marco político e institucional estatal sólo pretende desviar la atencion de nuestras reivindicaciones fundamentales hacia un cambio que no alterará en nada la raíz de nuestra dependencia nacional y opresión de clase y género. Pues los que mandan e imponen van a seguir a ser los de las políticas del españolismo, de la burguesía y el machismo, políticas claramente antagónicas con las necesidades del pueblo trabajador galego. Monarquía o república española es un falso dilema. Nosotras queremos una II República Galega, pero una república obrera y popular, de orientación socialista y feminista. Queremos transformarlo todo, y eso sólo es posible fuera de España, del capitalismo y del patriarcado.

Nos mostramos clara y radicalmente contrarias a estos movimientos que sirven a las clases dominantes únicamente para ganar tiempo y crear falsas esperanzas a nuestro pueblo. Eso si, con la complicidad de IU y de otras fuerzas social-demócratas españolas que alimentan las falsas alternativas de quien sólo aspira a gobernar a todo costa para reproducir los intereses de sus élites.

España siempre fue y es nuestra ruina, tanto en su versión monárquica como republicana.

DL: La siguiente cita electoral es la de las elecciones europeas en mayo del año que viene. NÓS-UP ha declarado su disponibilidad para participar en una candidatura gaelga bajo ciertas condiciones. ¿Cómo veis la situación en este momento?

RB: Nuestra definitiva posición electoral para las próximas europeas aún está por definir, aunque la VII Asamblea Nacional haya aclarado lo que no estamos dispuestas a hacer. Pero por todas es sabido la posición favorable de NÓS-UP a formar parte de una candidatura galega y de izquierda que presente oposición a la Unión Europea delos mercados y de los Estados. Este fue otro de los debates dados en nuestra VII Asamblea Nacional y generó aportaciones interesantes para el proceso de intercambio con otras fuerzas, para la posible configuración de una candidatura en estos términos.

 

Este sitio web utiliza 'cookies'. Si continúas navegando estás dando tu consentimiento para la aceptación de las mencionadas 'cookies' y la aceptación de nuestra política de 'cookies'.
o

La Haine - Proyecto de desobediencia informativa, acción directa y revolución social

::  [ Acerca de La Haine ]    [ Nota legal ]    Creative Commons License ::

Principal