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Galiza :: 18/05/2006

Declaracom pública de NóS-UP no dia 18 de Maio: o Dia das Letras passou, os problemas ficárom

NóS-Unidade Popular
Passou um novo Dia das Letras, que como cada ano serviu para confundir num totum revolutum os mais diversos sectores sociais galegos, fazendo-os passar por grandes amantes das nossas letras e da nossa língua.

Passou um novo Dia das Letras, que como cada ano serviu para confundir num totum revolutum os mais diversos sectores sociais galegos, fazendo-os passar por grandes amantes das nossas letras e da nossa língua.

Os meios de comunicacom, inclusive os privados que todo o ano nos bombardeiam com o espanhol e utilizam o galego o mínimo indispensável para poderem chuchar subsídios, vestem-se de "galeguistas" por um dia; os políticos e as instituicons que ao longo do ano maltratam os nossos direitos e fam de muro de contencom contra quem defende a galeguizacom efectiva, passam no 17 de Maio por "tam galego como quem mais", para no dia a seguir continuarem a defender e exercer os privilégios do espanhol.

Neste ano, contamos até com a volta à rua do nacionalismo galego mais domesticado, que reclamou umha posicom de igual a igual para o galego e o espanhol num novo Estatuto de Autonomia que nos apresentam como a solucom para todos os males do País. Os deputados e deputadas autonómicas e provinciais, vereadores, liberados e outros cargos do BNG instrumentalizárom mais umha vez as reivindicacons normalizadoras, pondo-as ao servico do seu projecto autonomista.

No meio de tanta confusom e afám de protagonismo, a esquerda independentista de que NóS-Unidade Popular fai parte mantivo a calma, continuando com o trabalho que dia após dia realiza em defesa da língua. Nom necessitamos de trajes de gala, de cobrir nengum expediente, nem das lentejoulas de um dia grande que, na situacom actual da Galiza, monopolizam as instituicons e os nom poucos elementos defensores do estado de cousas actual, letal para o galego e para a Galiza.

Porém, umha vez apagados os fogos de artifício com que, mais um ano, espanholistas e autonomisas quigérom convencer-nos de que a Constituicom espanhola e os estatutos de autonomia que aquela cede som a garantia para o exercício dos nossos direitos lingüísticos, de NóS-Unidade Popular queremos reafirmar perante o povo trabalhador galego o seguinte:

1. É necessário caminharmos em direccom à unidade das forcas galeguizadoras por cima das legítimas diferencas partidistas. A actual fragmentacom de forcas só beneficia os inimigos do nosso idioma e nom há motivos objectivos na própria luita normalizadora que justifiquem a divisom. Só os partidismos e sectarismos impedem essa unidade. Pola nossa parte, continuaremos a trabalhar nessa direccom.

2. Em linha com o anterior, e considerando legítimas as diferencas políticas existentes, achamos totalmente inadequado supeditar essa unidade à assuncom da estratégia autonomista do BNG, como aconteceu na convocatória de manifestacom do dia 17. Acharíamos igualmente inadequado supeditar o trabalho normalizador à assuncom do programa político de qualquer outra opcom partidária, incluída a nossa.

3. Pola nossa parte, reiteramos a necessidade estratégica de romper com a via estatutária e reivindicar o exercício do direito de autodeterminacom nacional como melhor via para avancarmos na normalizacom da nossa língua. Ninguém realmente interessad@ em recuperar os usos do galego pode esquecer que a Constituicom espanhola nega radicalmente essa possibilidade, o que nos obriga a ultrapassar esse quadro jurídico-político imposto.

4. Como afirmamos no título, passou o Dia das Letras, mas os problemas ficárom. Cumpre intensificarmos o trabalho e luita normalizadora, pressionando e exigindo às instituicons públicas um compromisso real e verificável, com resultados concretos, numha política lingüística diferente da que até hoje todas elas venhem aplicando, e que nom se limite às quatro províncias da Comunidade Autónoma, estendendo-se às comarcas do leste.

5. Aproveitamos esta ocasiom para render pública homenagem a Manuel Lugris Freire, grande patriota que dedicou a vida a trabalhar polo avanco do galego como língua nacional, em ámbitos como o literário, o jornalístico, o político e o mais puramente lingüístico. O seu exemplo continua vivo mais de seis décadas depois da sua morte, e empurra-nos a continuarmos na luita lingüística, que sem dúvida irá decidir-se durante este século que só está comecando.

Adiante a luita normalizadora!
Viva Galiza Ceive, Socialista e nom Patriarcal!

Galiza, 18 de Maio de 2006

 

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