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Europa, Europa :: 05/09/2016

Os 40 anos da festa de um partidorevolucionário

Os Editores de odiario.info

NOTA DOS EDITORES

Em Setembro de 1976, quando a 1ra. Festa do Avante! abriu na Feira Internacional de Lisboa, os media ditos de referência não previram futuro para a iniciativa do PCP.

Era então imprevisível que a Festa dos comunistas portugueses, transcorridas 40 anos, seria inquestionavelmente o maior acontecimento cultural do país, com um significado politico mundial.

Milhões de pessoas desfilaram desde então pelos recintos que a Festa, sucessivamente deles expulsa, ocupou antes de se fixar definitivamente na Quinta da Atalaia, no Seixal, à beira do Tejo.

Hoje, até inimigos ideológicos reconhecem a extraordinária importância da Festa no panorama social português. Destacados intelectuais de direita como o atual Presidente da Republica e o escritor Miguel Esteves Cardoso dedicaram-lhe artigos elogiosos, impressionados e surpreendidos pela atmosfera única de fraternidade e alegria que ali encontraram.

Como explicar que muitos milhares de não comunistas, sobretudo jovens nascidos apos a Revolução dos Cravos, se integrem tao harmoniosamente na Festa?

Acontece que a fraternidade comunista é contagiante e eles são tocados ali pela atmosfera, marcada pela fidelidade aos valores de Abril. Durante três breves dias, as multidões que desfilam pela Festa transmutam-se, saem do Portugal sombrio dominado pelo capital e recuperam a alegria e a esperança.

Os povos são o sujeito da História. Mas essa evidência não apaga a importância que em épocas de viragem assume o fator subjetivo, como ocorreu com as grandes gerações que dirigiram as Revolução Francesa de 1789 e a Revolução Russa de Outubro de 1917.

Os revolucionários profissionais comunistas de Abril de 1974 saíram das cadeias e da clandestinidade para marcar com o povo português o rumo de uma grande revolução. Entre eles, um comunista excecional pela sua formação marxista, firmeza de caracter, cultura humanista integrada e talento como estratego e tático: Álvaro Cunhal. Desaparecido fisicamente, ele está omnipresente na Festa do Avante, na sua atmosfera de fraternidade e esperança.

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