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EE.UU., EE.UU. :: 21/01/2017

Trump na Casa Branca

Os Editores de odiario.info

NOTA DOS EDITORES

«Hoje é primeiro dia da III Guerra»

Essa a manchete do artigo de Nicolau Santos que abria ontem a edição do «Expresso Curto».

O título resume bem a histeria coletiva dos media europeus horas antes de Donald Trump tomar posse como presidente dos Estados Unidos.

O discurso de Trump, muito breve, foi uma peça oratória de estilo retórico e populista, que desmentiu as previsões pela moderação. Semeado de lugares comuns, glorificou os EUA como nação predestinada e prometeu a felicidade aos seus compatriotas, porque irá mudar tudo para melhor, mas o único problema concreto que abordou diretamente foi o combate ao terrorismo. Comprometeu-se a erradicá-lo. Até elogiou Obama, para depois criticar a sua administração.

Será certamente um mau presidente, possivelmente péssimo. Na equipa que formou predominam multimilionários de extrema-direita.

Mas não há certezas quanto à sua política porque é imprevisível.

Precisamente por isso, são gratuitos e irresponsáveis os exercícios de futurologia sobre temas tao complexos como as relações dos EUA com a China, a Rússia, o Irão, a União Europeia e Israel, e projetos como o muro na fronteira do México, a expulsão dos imigrantes ilegais e a política financeira.

Merece reflexão o contraste entre a agressividade da campanha anti-Trump de governos e media ocidentais e a chuva de elogios sobre Barack Obama e a ausência total de críticas a iniciativas do ex-presidente americano que, essas sim, configuram ameaça à Paz mundial.

Nas últimas semanas, Obama intensificou as críticas e provocações à Rússia. Expulsou 35 diplomatas daquele país, e, nas vésperas da sua saída da Casa Branca, tomou uma decisão da maior gravidade: enviou 4000 militares para a Polónia e centenas de carros blindados e canhões.

Essa escalada bélica foi saudada com entusiasmo pelo general Curtis Scaparotti, comandante-chefe das tropas estado-unidenses na Europa.

Em ameaça ostensiva a Putin, o referido general afirmou que as forças sob o seu comando estão preparadas para responder a numa eventual «agressão russa».

Iniciativas como essa contribuem para o aumento de tensões na Europa. Na sua despedida, Obama deixou uma pesada e perigosa herança ao seu sucessor.

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